O modo de nos alimentarmos afeta muito a saúde que iremos
desfrutar...
Segundo investigações, nos países do sul da Europa a esperança de vida dos seus habitantes é superior á dos que vivem no centro deste continente, isto graças á conhecida dieta mediterrânea, cujos componentes são as hortaliças e as verduras, as leguminosas, os cereais, um consumo abundante de fruta e o uso de azeite de oliveira.
Esta privilegiada esperança de vida, contudo, prevê-se
que venha a diminuir no futuro, dado que os hábitos alimentares tradicionais
estão a mudar, e agora os europeus do sul consomem carne em abundância, doces
em excesso, e ingerem cada vez mais gorduras de origem animal. O modo de nos
alimentarmos afeta muito a saúde que iremos desfrutar, pois
está provado que existe uma relação direta entre aquilo que comemos e as
doenças que contraímos. Daí as constantes recomendações das autoridades
sanitárias para que evitemos
a ingestão de gorduras de origem animal, e para que os vegetais sejam a base da
nutrição.
Devemos assim
escolher correctamente, os melhores alimentos que favorecem a conservação da
nossa saúde e previnem as doenças. No caso de sofrermos de alguma doença, temos
a possibilidade de usar esses mesmos alimentos como medicamentos naturais, complementando-se
perfeitamente com o tratamento prescrito pelo médico.
Nada pode tornar-se
mais valioso para a nossa saúde do que sabermos alimentar-nos correctamente.
Devemos aprender a
comer bem no nosso lar, pois é o ato que repetimos várias vezes por dia; pelo
que essa informação torna-se imprescindível para preservar as nossas famílias
do flagelo de múltiplas doenças.
Seja por crença ou por ciência, atribui-se a certos
alimentos um determinado valor curativo. Há mais de dois mil anos, Hipócrates,
percursor da medicina, compôs o seguinte aforismo: ”Que o teu
alimento seja o teu medicamento, e o teu medicamento o teu alimento”. Este
jogo de palavras do sábio grego põe em evidência que a nossa
alimentação diária, além de prover sustento, pode ter propriedades curativas. Se bem
que através da história da medicina sempre se tenha postulado este tipo de
propriedades nos alimentos, só recentemente foi possível obter as provas científicas que identificam certos nutrientes da nossa dieta
como agentes causadores ou preventivos de determinadas doenças.
Primeiro demonstrou-se em estudos com animais de
laboratório e também nos humanos, que a ausência de certos alimentos na dieta
causava doenças carenciais, e que a inclusão de outros curava os doentes
atingidos por estas doenças. Nos
países industrializados produziram-se nas
últimas décadas profundas mudanças no estilo de vida no que respeita
aos hábitos, usos e gostos alimentares. Muitas pessoas seguem uma dieta
caracterizada pelo consumo excessivo de calorias e por frequentes
desequilíbrios entre nutrientes.
O consumo de
alimentos de origem animal continua a aumentar, com o consequente incremento de
gorduras saturadas e colesterol na dieta. A tendência para consumir produtos
refinados e muito processados diminui a ingestão de vitaminas, certos minerais
e outras substâncias benéficas, como fibra contida nos alimentos no seu estado
natural. Em anos recentes, a investigação nutricional
centrou-se nos efeitos dos alimentos da dieta e na prevenção e tratamento de
doenças circulatórias, diabetes, cancro e obesidade, que são as doenças mais
frequentes hoje em dia. Estudos populacionais e clínicos têm demonstrado, por
exemplo, que o consumo abundante de frutas e verduras
previne o aparecimento de certos cancros. A ingestão de cereais integrais
e frutos secos oleaginosos reduz o risco de enfarte do miocárdio e o excesso de
colesterol no sangue. Por outro lado, consumir muita carne faz aumentar o
risco de doenças cardiovasculares e alguns tipos de cancro. Assim, dependendo dos alimentos que comemos e,
especialmente, da frequência e da quantidade em que os ingerimos, a nossa saúde
pode ser afetada de um modo muito direto. Além de serem
ricos em fibras, minerais e vitaminas, os alimentos de
origem vegetal acrescentam á dieta substâncias que não
são ainda bem conhecias, nem são classificadas como nutrientes, mas que têm
potentes efeitos anticancerosos e curativos de múltiplas doenças e
padecimentos. Estas substâncias, chamadas elementos
fitoquímicos, são actualmente objecto de intenso estudo e
representam a nova fronteira da investigação nutricional. Os elementos
fitoquímicos estão contidos unicamente nos alimentos de origem
vegetal e possuem importantes propriedades salutíferas e curativas.
“ De toda a planta
que dá semente, que está sobre a terra, e de toda a árvore que dá fruto e dá
semente. Isso será o vosso alimento.”
Livro de Génesis
Capitulo 1,
versículo 29
Definições básicas
Alimento: Produto natural ou
elaborado, sólido ou líquido, que contém um ou vários dos nutrientes de que o
organismo humano precisa para desenvolver as suas funções vitais.
Poder curativo dos alimentos: Capacidade de certos
alimentos para restaurar a saúde perdida e para evitar que se produzam
determinados transtornos ou doenças.
Á exceção do leite materno durante a época da
lactação, nenhum outro alimento por si só fornece todos os nutrientes de que o
ser humano precisa. Daí a importância de se saber escolher os alimentos e
combiná-los adequadamente.
Além de nutrientes, alguns alimentos proporcionam-nos substâncias
de ação curativa e preventiva. Por isso, bem escolhidos e utilizados, os
alimentos podem curar, aliviar e prevenir muitos transtornos e doenças.
As frutas, os cereais e os
legumes, assim como as verduras e hortaliças, são especialmente ricos em
antioxidantes e em substâncias acompanhantes chamadas elementos fitoquímicos,
que atuam como verdadeiros fármacos naturais.
Os alimentos podem prevenir e curar doenças, mas também as podem
causar. Por isso, a melhor dieta não é a que inclui ”um pouco de tudo” mas sim
a que evita o que é nocivo e usa com moderação o que é conveniente.
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