segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Trabalho


Fatores que os colaboradores valorizam mais do que um aumento

Nor­mal­mente o sa­lário é visto como a prin­cipal fonte de mo­ti­vação (ou des­mo­ti­vação) de um tra­ba­lhador. Porém há ou­tros as­petos que os co­la­bo­ra­dores va­lo­rizam muito mais. Des­cobre quais.
Uma nova pes­quisa re­vela aquilo com que os co­la­bo­ra­dores mais se pre­o­cupam – e o di­nheiro não faz parte da lista. Será que as pes­soas que tra­ba­lham para um determinado empregador gostam do seu tra­balho? Se sim, po­derá não ser pela razão que se pensa. Du­rante anos, es­pe­ci­a­listas em gestão ar­gu­men­taram que os co­la­bo­ra­dores se pre­o­cupam mais com os as­petos não-mo­ne­tá­rios dos seus tra­ba­lhos do que com a com­pen­sação. Uma nova pes­quisa da em­presa Korn Ferry de­monstra a ve­ra­ci­dade desse ar­gu­mento.
Quando 350 co­la­bo­ra­dores de nível exe­cu­tivo, de todo o mundo, foram alvo de ques­tões re­la­ti­va­mente à razão por de­trás de gos­tarem dos seus tra­ba­lhos – so­mente 6% res­pondeu que o mo­tivo pas­sava pelo sa­lário. 

Quando co­la­bo­ra­dores que se en­con­travam in­fe­lizes com os seus tra­ba­lhos foram ques­ti­o­nados em re­lação ao que tor­naria as coisas me­lhor so­mente 10% es­co­lheram a opção “Re­mu­ne­ração mais justa”. Por ou­tras pa­la­vras, se se es­tiverem a de­se­nhar pro­gramas de in­cen­tivo que passem por re­com­pensas fi­nan­ceiras aos co­la­bo­ra­dores – por estes al­can­çarem ou ex­ce­derem os ob­je­tivos – po­derá estar-se, par­ci­al­mente, no ca­minho er­rado. Sim, deve-se com­pensar os co­la­bo­ra­dores de forma justa e ga­rantir que eles com­par­ti­lham dos su­cessos fi­nan­ceiros da em­presa. Con­tudo, isso não fará a di­fe­rença entre co­la­bo­ra­dores fe­lizes e in­fe­lizes – e não irá ins­pirar os me­lhores a fi­carem por perto no longo prazo.
O que mais se pre­cisa fazer? Con­si­derar as ques­tões que os co­la­bo­ra­dores par­ti­lharam com a Korn Ferry como sendo mais im­por­tantes do que di­nheiro – es­pe­ci­al­mente porque se podem ofe­recer com pouco ou qual­quer custo:
Um empregador de quem se podem orgulhar
Quando ques­ti­o­nados re­la­ti­va­mente a que fator po­deria me­lhorar a sua im­pressão em re­lação aos pró­prios tra­ba­lhos 47% dos co­la­bo­ra­dores avan­çaram que que­riam tra­ba­lhar para uma em­presa “cuja cul­tura es­teja ali­nhada com os meus va­lores.” Em­bora possa ser sur­pre­en­dente que este seja o fator nú­mero um para quase me­tade dos en­tre­vis­tados não é no­vi­dade que a cul­tura im­porta – e que im­porta bas­tante. É da na­tu­reza hu­mana que quei­ramos que os nossos es­forços sirvam um pro­pó­sito no qual pos­samos acre­ditar, além do facto de nos sus­ten­tarem a nós pró­prios e às nossas fa­mí­lias.

Numa em­presa pe­quena ou numa startup po­derá ser mais fácil co­locar a questão cul­tural para se­gundo plano en­quanto se foca em es­ta­be­lecer-se, ga­rantir o seu sa­lário e pagar os em­prés­timos ou ga­rantir o pró­ximo fi­nan­ci­a­mento. Con­tudo, qual­quer em­presa, in­de­pen­den­te­mente do seu ta­manho, de­verá ter uma missão.
"Você de­verá ser capaz de ar­ti­cular, numa ou duas frases, o que torna a sua em­presa es­pe­cial e digna de apoio. Acima de tudo, as suas de­ci­sões e ações têm de ser to­madas de acordo com esses prin­cí­pios ou irá fazer mais mal do que bem. A tí­tulo de exemplo, se a sua or­ga­ni­zação diz que aposta numa cul­tura par­ti­ci­pa­tiva mas na re­a­li­dade as de­ci­sões são to­madas de cima para baixo, os co­la­bo­ra­dores irão sentir-se des­va­lo­ri­zados e po­derão de­cidir sair."
Um caminho claro para a progressão
Sabe-se que isto é im­por­tante mas po­derá não saber-se o quão im­por­tante é. Quando ques­ti­o­nados sobre a sua maior frus­tração nos seus tra­ba­lhos 55% dos in­qui­ridos res­pondeu “au­sência de opor­tu­ni­dades de pro­gressão.”
Ofe­recer um plano de car­reira claro pode ser um de­safio para uma em­presa pe­quena, onde as opor­tu­ni­dades de pro­moção dos seus co­la­bo­ra­dores para po­si­ções su­pe­ri­ores, dentro da em­presa, po­derão ser mais li­mi­tadas. O que fazer? Po­derá com­bater-se esta questão com uma sau­dável dose de ho­nes­ti­dade. Pelo menos uma vez por ano, um superior ou um su­per­visor di­reto de­veria sentar-se com cada um dos co­la­bo­ra­dores e con­duzir uma ava­li­ação da res­pe­tiva car­reira. Des­cobrir o que os co­la­bo­ra­dores es­peram do fu­turo e como é que se pode apoiar nesses ob­je­tivos. Isto po­derá sig­ni­ficar o pro­pi­ciar de opor­tu­ni­dades de de­sen­vol­vi­mento através da cri­ação de pro­gramas de for­mação no seio da em­presa, a ori­en­tação de co­la­bo­ra­dores ou a cri­ação de opor­tu­ni­dades de for­mação ex­terna. Isto po­derá sig­ni­ficar a pro­cura de tra­ba­lhos ade­quados para os co­la­bo­ra­dores nou­tras em­presas, apoi­ando-os a se­guirem para ou­tras opor­tu­ni­dades quando for apro­priado. Isto po­derá sig­ni­ficar ofe­recer o apoio a co­la­bo­ra­dores que queiram criar as suas pró­prias em­presas.
Faça o que se fizer, cer­ti­ficar de que se aborda a questão da pro­gressão de car­reira numa con­versa aberta – mesmo que não seja possivel ofe­recer um plano de car­reira dentro da em­presa. Digam-no em voz alta ou não – os co­la­bo­ra­dores estão sempre a pensar no fu­turo.
Companheirismo
Tra­ba­lhar com pes­soas de quem se gosta é sur­pre­en­den­te­mente im­por­tante para a mai­oria dos co­la­bo­ra­dores de uma em­presa. Na ver­dade, po­derá ser aquilo com que se pre­o­cupam mais. Quando ques­ti­o­nados sobre a razão de gos­tarem dos seus tra­ba­lhos 43% dos in­qui­ridos se­le­ci­o­naram a opção “re­la­ci­o­na­mento com co­legas/cli­entes.”
O líder de uma em­presa de­ve ter em con­si­de­ração este dado. Isto sig­ni­fica que tanto na hora de con­tratar ou na re­ceção de novos cli­entes de­verá fazer-se uma pausa e con­si­derar os as­petos so­ciais e emo­ci­o­nais de trazer uma pessoa ou equipa nova. Igual­mente deverá cer­ti­ficar-se de que pro­por­ciona opor­tu­ni­dades para os co­la­bo­ra­dores so­ci­a­li­zarem du­rante e após o tra­balho – com uma área comum para pausas, re­fei­ções no es­cri­tório, ping-pong, pas­seios entre ou­tras ini­ci­a­tivas de que as pes­soas que tra­ba­lham mais gostam.
Acima de tudo, talvez deva con­si­derar-se o efeito ne­ga­tivo que um co­la­bo­rador di­fícil, de­sa­gra­dável ou com baixo de­sem­penho pode ter em toda a equipa.
É de con­si­derar estas ques­tões ra­pi­da­mente, pois a di­versão que as pes­soas têm no tra­balho cor­res­ponde a uma grande parte do que as mantém lá.
Uma boa relação com o chefe
Sim, é isso mesmo. Ter uma boa re­lação com o chefe é um com­po­nente-chave da sa­tis­fação no tra­balho. 19% dos co­la­bo­ra­dores dis­seram que as suas ”re­la­ções com a di­reção/em­pre­gador” con­sis­tiam na sua maior frus­tração no tra­balho – e 13% dos que avan­çaram que gos­tavam dos seus tra­ba­lhos afir­maram que a razão pas­sava pela re­lação acima des­crita.
Esta é a mais fácil de todas as ini­ci­a­tivas que pode ter-se para ga­rantir uma maior sa­tis­fação dos co­la­bo­ra­dores. É também a mais im­por­tante pois as me­lho­rias nas ques­tões da cul­tura, car­reira e com­pa­nhei­rismo no es­paço de tra­balho co­meçam com um diá­logo ho­nesto entre o empregador e as pes­soas que tra­ba­lham para ele. Pre­cisa-se de uma boa re­lação e uma sen­sação de con­fi­ança mútua para que esse diá­logo acon­teça.
"Assim, se tem es­tado de­ma­siado preso nas pres­sões diá­rias de gestão da sua em­presa e da sua equipa para perder tempo a co­nhecer e a criar laços com os co­la­bo­ra­dores – é al­tura de mudar esses há­bitos. Ar­ranje tempo para falar com cada um deles, seja de forma formal ou in­formal. Des­cubra com o que é que se pre­o­cupam mais e sobre o que mais lhes po­deria trazer sa­tis­fação no tra­balho. Po­derá pa­recer um grande in­ves­ti­mento de tempo – mas terá o seu re­torno com co­la­bo­ra­dores mais fe­lizes e en­vol­vidos, que es­tarão mais in­cli­nados a ficar por perto."



O trabalho é lei da vida











"O trabalho é lei da vida. 

Na natureza tudo trabalha... 

Trabalham os vermes na intimidade da terra, tornando-a fofa e produzindo o humus, nutriente para alimentar as plantas. 

Trabalham os pássaros, na construção dos próprios ninhos e na disseminação do pólen das flores. 

Trabalham as flores, doando seu perfume ao ar e permitindo o nascimento dos frutos. 

Trabalham os insetos, polinizando as flores e desempenhando a parte que lhes cabe na estrutura do ecossistema. 

Trabalham também os rios, fertilizando o solo e dessedentando homens e animais. 

Trabalham as nuvens, fornecendo a chuva que rega as plantas e purifica a atmosfera. 

Trabalham as árvores, abrindo seus galhos quais braços fraternos, acolhendo os ninhos e fazendo sombra na caminhada dos homens. 

Trabalha igualmente o Sol, estrela incansável que jamais deixa de estender os seus raios quentes, espancando as trevas e favorecendo a vida. 

Trabalha a Lua, controlando as marés e deslumbrando os olhares apaixonados dos namorados, que sonham um dia poder oferecê-la a alguém em nome do amor. 

Trabalham os oceanos, abrigando na intimidade várias formas de vida e transportando, nas suas ondas, as embarcações, permitindo a ligação entre os Continentes. 

Trabalha também o vento, acariciando com igual doçura os carvalhos gigantes e as pequeninas hastes da relva. 

Tudo na natureza trabalha... 

E trabalham também os homens... 

Quem aceitaria, de boa vontade, ser um caniço mudo e surdo quando tudo o mais canta em uníssono? 

Mas todo trabalho é vazio, exceto quando há amor... 

É pelo trabalho que nos unimos a nós mesmos, unindo-nos uns aos outros e a Deus. 

E o que é trabalhar com amor? 

É tecer o tecido com fios desfiados do nosso próprio coração, como se o nosso bem-amado fosse usar esse tecido. 

É construir uma casa com afeição, como se o nosso bem-amado fosse habitar essa casa. 

É semear as sementes com ternura e recolher a colheita com alegria, como se o nosso bem-amado fosse comer os frutos. 

É pôr em todas as coisas que fazemos um sopro da nossa alma... 

Quando trabalhamos com amor, somos como uma flauta através da qual o murmúrio das horas se transforma numa suave melodia, espalhando notas de alegria no ar, contagiando tudo o que nos rodeia."

(E como anseio que esse dia chegue....)




*** 

A câmara fotográfica  revela-nos por fora, mas o trabalho retrata-nos por dentro. 

Em tudo aquilo que fazemos, na atividade que o Senhor nos haja oferecido, estamos a colocar o nosso retrato, a nossa marca registada. 

E quando o trabalhador converte o trabalho em alegria, 

o trabalho  transforma-se na alegria do trabalhador.














Pensemos nisso!

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